terça-feira, 28 de julho de 2009

MGMT

Quando nós, amantes da boa música, revelamos em uma roda o nosso gosto musical, quase sempre somos obrigados a nos preparar para aquela velha e infinita discussão.
Um sábio uma vez disse que “gosto musical é igual cotovelo; cada um tem dois!”. E nada pode ser mais sincero do que o sentido contextual desta frase. Todos nós, que fugimos de padrões e valorizamos letras e melodias bem trabalhadas, temos, sim, dois gostos musicais: um, que realmente curtimos e ouvimos em casa quando estamos num momento só nosso; o outro, clichê que utilizamos como arsenal para nos misturarmos e curtirmos com a galerinha comum.

Nos dias de hoje é muito fácil expandir seu conhecimento musical, tanto para pesquisar coisas novas, quanto para garimpar clássicos ou participar da onda pop povão. Até os mais fieis a um estilo, volta e meia se pegam a cantarolar aquele refrão, de uma música bem divulgada - e maçante - que não sai da cabeça. Isto é culpa da massificação da mídia.

Por isso, é comum ouvirmos "Eu escuto de tudo!” quando alguém é questionado sobre suas predileções musicais. É mais ou menos como perguntar a uma pessoa qual é seu time do coração e ouvir como resposta Seleção Brasileira. Esta pessoa, a que escuta de tudo, a que torce para o Brasil, a que gosta de filmes normais, a digitalmente incluída, vai criticar tudo o que não estiver na moda.

Você não precisa se sentir um extraterrestre ou um alienígena por ter estilo próprio e critérios na hora de montar a sua playlist. Não deixe de gostar de algo que considera bom e bem produzido, porque na sua cidade ou no barzinho de esquina que você frequenta nunca tocará nada parecido. Você não é obrigado a gostar do que tentam fazer você engolir garganta abaixo. Pesquise, analise e corra atrás de coisas boas, ignorando quem não respeita e nem compartilha do seu gosto.Se você gosta de música de verdade e está interessado em compactuar com este blog de baixo calão, preste bem atenção no que o Mundo Cão está prestes a lhe aplicar hoje

Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden formam a dupla de estudantes universitários do Brooklyn, que um dia se conheceram e formaram o MGMT (The Management).
São bons músicos de fato. Pouca gente conseguiu o estrondo qualitativo de um EP de estréia como eles com Time to Pretend, além do belíssimo CD Oracular Spetacular. Para quem gosta de labels, o som é uma espécie rock psicodélico- eletrônico, com uma essência indie e sonoridade baseada no retrô, no pop psicodélico e na dance music.Soar jovem e constantemente renovado é a obssessão da música pop como um todo. Talvez por isso, as novidades mais interessantes vêm de bandas que carregam esse conceito.

Vídeos da MGMT : Kids - http://www.youtube.com/watch?v=atFOGiGruoY&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Epautadebuteco%2Ecom%2Ebr%2F&feature=player_embedded

Time to pretend - http://www.youtube.com/watch?v=wTmqx-if_lU&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Epautadebuteco%2Ecom%2Ebr%2F&feature=player_embedded

E por último, a música que resume bem o espírito MGMT: sintetizador-pop épico, vocais arranhados e guitarras psicodélicas - ritmando as dificuldades e sonhos do hedonismo moderno.

O duo indie está em estúdio preparando o novo cd "Congratulations", além de futuras participações no próximo trabalho do Jay-Z e uma parceria com Sir Paul McCartney.

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